Se não for escolhido candidato a governador, o que fica a cada dia mais distante, diante da movimentação de Tadeu Alencar, o ex-ministro Fernando Bezerra (Integração) entra na chapa majoritária para o Senado como premio de consolação. Este é o sentimento que se observa na base governista, o problema é que agora o senador Jarbas Vasconcelos se lançou em Vitória para disputar a reeleição.
Diferentemente da eleição passada, quando perdeu a vaga de senador para Armando Monteiro Neto (PTB), Fernando espera ter tratamento diferenciado nas eleições que se aproximam. O que ele quer, na verdade, é o passaporte carimbado por Eduardo para disputar o Governo, mas se não for possível será compensado pela vaga ao Senado.
Candidato a senador, Fernando pode adotar um discurso com apelo emocional: resgatar a tribuna dos Coelho no Senado, ocupada pelo seu tio Nilo Coelho.
Ex-governador, Nilo morreu dias após um duro e emocionante discurso em 1983, quando, pressionado pelo governo ditatorial subiu à tribuna e proclamou seu grito de independência, afirmando: “Sou presidente do Congresso brasileiro e não presidente do PDS”.
O Sertão perdia ali o seu principal líder. De lá para cá – e já se passaram 30 anos – a família Coelho entrou num processo irreversível de divisão, não apenas empresarialmente, mas, sobretudo, político.
O grande problema é que para que tudo isso aconteça teriam que combinar antes com o comandante da barca prestes a afundar Eduardo Campos, que ao que parece não tem respeito aos seus aliados, os tratam com subalternos que quinta categoria ou até mesmo como um verdadeiro vampiro, sugando apenas o que interessa em cada aliado.
É isso aí, vamos esperar para ver os desdobramentos dessa novela política.
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