PT decide repetir, no dia 3, prévia das eleições para prefeito do Recife

Informação foi confirmada pelo presidente do PT-PE, Pedro Eugênio.

Votação foi realizada e decisão por fazer nova prévia foi maciça.

Uma nova prévia será realizada no dia 3 de junho, no Recife, para decidir quem será o candidato do PT à prefeitura do Recife - João da Costa, atual prefeito, ou Maurício Rands, secretário estadual de Governo. A informação foi confirmada pelo presidente do PT em Pernambuco, deputado federal Pedro Eugênio, que participa, em São Paulo, da  reunião entre os dirigentes do PT para decidir o assunto. Segundo Pedro Eugênio, uma votação foi feita durante a reunião e "uma maioria muito forte decidiu repetir a prévia", anulando a ocorrida no último domingo (20). Ficou decidido também que a nova prévia será coordenada pela direção nacional do partido.

A reunião começou por volta das 15h. Tanto João da Costa como Maurício Rands se pronunciaram no início da reunião, cada um defendendo seus argumentos. As decisões que forem tomadas no encontro serão definitivas, não haverá como recorrer. A Comissão Executiva Nacional do Partido decidiu que vão poder votar nessas prévias os filiados ao partido que estiverem em dia com o pagamento da anuidade - portanto serão pouco mais de 20 mil militantes aptos. Existe a possibilidade de não haver a prévia se os dois lados conseguirem chegar a um acordo, o que parece pouco provável

O que aconteceu na prévia do Recife

A prévia serve para decidir se o candidato a prefeito do Recife pelo partido será João da Costa , ou Maurício Rands. A lista original de aptos a votar incluía aproximadamente 20 mil pessoas – os filiados que quitaram suas contribuições individualmente até o dia 5 de maio. A polêmica ocorreu quando o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Jovaldo Nunes, habilitou a votar uma segunda lista, com aproximadamente 13 mil pessoas, composta pelos filiados que ficaram em dia com o PT de forma coletiva e cujo pagamento foi feito até o dia 10 de maio. O PT do Recife tem aproximadamente 33 mil filiados.

As duas candidaturas recorreram à Justiça e várias liminares foram expedidas em relação à prévia. Uma determinação judicial impediu a divulgação oficial do resultado. Extraoficialmente, a contagem de votos favoreceu o atual prefeito, que teve cerca de 600 votos a mais que o adversário.

Pedro Eugênio, criticou a decisão do TJPE. "Essa decisão foi tomada de uma forma que impossibilitou a separação dos dois colégios eleitorais. Havia o colégio eleitoral oficial, que tinha sido decidido pela comissão executiva estadual e referendado pela nacional. A essa lista, foi acrescentada outra, mais ampla, mas os votos ficaram juntos. O juiz não atentou para o fato de que, caso houvesse uma decisão que definisse que esses votos adicionais não poderiam ser contados, a determinação dele tornou impraticável a operacionalização disso", explicou.