
Um supercomputador a ser instalado no Recife armazenará os dados da
Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), responsável pelo tráfego de
informações de 600 instituições de ensino no país. A máquina conta com
1.200 processadores que, juntos, são capazes de analisar 4 petabytes de
dados, o equivalente a 4 milhões de gigabytes – ou a capacidade de 850
mil discos de DVD.
A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foi escolhida para
abrigar o equipamento de computação em nuvem, que deve desembarcar na
cidade até abril a bordo de um contêiner.
A escolha de Pernambuco como endereço do megacomputador foi anunciada
nesta quinta-feira (5/1) pelo ministro da Ciência, Tecnologia e
Inovação, Aloizio Mercadante, pelo reitor da UFPE, Anísio Brasileiro,
pelo governador do Estado, Eduardo Campos, e pelo senador e líder do PT,
Humberto Costa, em entrevista concedida no Palácio do Campo das
Princesas.
“O Nordeste concentra 27% da população brasileira e apenas 13% do PIB
[Produto Interno Bruto] e nossa intenção é a de diminuir esta
desigualdade”, justificou o ministro, que também ressaltou a importância
e a visibilidade que as tecnologias desenvolvidas em Pernambuco
ganharam nos últimos anos.
A computação em nuvem é uma tendência mundial e consiste no
armazenamento de dados na internet em vez dos tradicionais discos
rígidos físicos. Entre outras vantagens, o usuário pode ter acesso aos
seus arquivos em qualquer lugar do mundo.
Um acordo entre o governo federal e a fabricante de componentes
eletrônicos Huawei, firmado pela presidenta Dilma Rousseff em abril do
ano passado, prevê a doação de equipamentos com grande capacidade de
armazenamento de dados. Eles vão formar duas grandes centrais de
processamento no Brasil. Além do Recife, a cidade de Manaus foi
contemplada.
“Na área de tecnologia da informação, a Huawei está trazendo uma
grande oportunidade. A computação em nuvem é uma das fronteiras de
inovação e de avanço da tecnologia de massa. Isso é fundamental para os
consumidores e para o interesse das empresas que utilizam a internet.
Mas é, também, uma área muito promissora de pesquisa, de inovação e de
desafios tecnológicos”, explicou Mercadante, antes de seguir para
conhecer as instalações do Porto Digital – grande parque pernambucano de
empresas de tecnologia.
Fonte: publicado no Blog de Humberto,
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