DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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sábado, 14 de junho de 2014

Dilma faz críticas veladas a Eduardo Campos. Lula prefere não bater de frente com antigo aliado


Depois de ter afirmado, em seu discurso no evento do PT na Blue Angel, que havia investido em recursos hídricos de maneira que foi possível superar saques ou frentes de emergência, como já ocorreu no passado, Dilma afirmou que ofereceu desenvolvimento, emprego, oportunidades e rede de proteção social. Ao falar de superação, a presidente lançou declarações que podem ser lidas como uma provocação ao antigo aliado socialista. Depois da vitória do PSB no Recife, os petistas locais costumam chamam o ex-governador Eduardo Campos de coronel.
“Superamos o coronelismo tradicional, que usava as dificuldades naturais para obter vitórias políticas e conquista de voto. Superaremos (o coronelismo moderno) mesmo as mais disfarçadas e pretensamente modernas, que misturam atraso e prepotência”, comparou, citando que iria fazer isto atraindo indústrias, mercado de consumo com valorização do salário mínimo.
A presidente Dilma apresentou-se ainda como fiadora da fábrica da Fiat em Goiana, com a oferta de créditos e desonerações fiscais de todo tipo, quando aproveitou para fazer outra crítica velada a Eduardo Campos, que estaria imitando o discurso paulista.
“É estarrecedor, inexplicável que falem em esgotamento do modelo de consumo. Logo aqui, no Nordeste. Não se esgotou, falta muito ainda para ampliar a renda e o consumo. Será um grande motor da expansão da economia e vamos usar a desconcentração de renda para isto. Aqueles que falam isto não tem a menor compreensão desta região”, defendeu, ao falar de desenvolvimento nacional e regional.
Lula evita confronto com Eduardo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reservou um trecho do seu discurso no evento do PT para alfinetar o ex-aliado Eduardo Campos (PSB). No entanto, Lula não roeu a corda de João Paulo, que tentou jogar os dois contra publicamente, no evento. João Paulo alfinetou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presente ao evento, e disse que sabe do seu apreço pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB), mas que esse sentimento não é recíproco.
“Eduardo não gosta do senhor, presidente, nem da presidente Dilma Rousseff, nem do Partido dos Trabalhadores ”, disse o deputado. No evento, enquanto João Paulo seguia criticando Eduardo, a plateia, eufórica, gritava que o ex-governador envergonha a memória do avô, o ex-governador Miguel Arraes.
A resposta de Lula veio no discurso, mas não no tom que o colega petista pareceu esperar.
Lula inicialmente havia dito sem citar o ex-governador que muitos falam em “coisa nova”, mas, até o momento, apenas prova que não sabe o que significa a palavra “novo”.
Depois, Lula foi mais objetivo respondendo nominalmente à provocação de João Paulo.
“Não me diga que eu só ajudei Eduardo porque era amigo dele. Eu tratei (Eduardo) igual a Jarbas. Dei a ele o mesmo tratamento que FHC não deu ao avô dele quando ele foi governador do Estado. Dei o mesmo, Não fiz distinção. Tinha um compromisso. Vou dar em Pernambuco um ponta pé inicial, para o Nordeste não ser tratado como a latrina do Brasil. Nós conseguimos, mas falta muito”, avaliou.
No mesmo ato, o cacique petista disse que a campanha eleitoral deste ano corre o risco de ser uma das mais violentas da história política brasileira.
“A campanha do ódio. Querem ofender a presidente Dilma Rousseff, mas ao fazer isso, ofendem a todos nós, brasileiros”, disse.
Armando Monteiro dá estocada em Eduardo
O candidato a governador pelo PTB aproveitou uma parte de sua fala para dar uma estocada no ex-governador, sem citá-lo. “Esse evento marca o final da pré-campanha. Hoje aqui demos as respostas para aqueles que diziam que Lula não viria a Pernambuco. Não temos um ajuntamento, desde 2002 apoio Lula. Nós não trocamos de lado no caminho”, alfinetou, com ironia.
Depois, o petebista foi mais incisivo ainda, mas sem citar nomes novamente. “Pernambuco avançou e teve uma parceria federal com Lula. Dilma não mediu esforços por Pernambuco. Quem não reconhecer isto, não merece o respeito de ninguém. É um ato de Justiça”, começou. “Os que falam em nova política destilam velhos preconceitos. Se está do lado deles é progressista. Se est do outro lado, é patrão”

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