DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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sexta-feira, 6 de junho de 2014

Campos refuga apoio do PR do preso Valdemar

Comandando o PR desde a penitenciária brasiliense da Papuda, o condenado do mensalão Valdemar Costa Neto autorizou o deputado Anthony Garotinho a realizar uma sondagem junto ao PSB. Disposto a afastar o PR da coligação de Dilma Rousseff, Valdemar queria saber se Eduardo Campos toparia receber o apoio formal do partido. A resposta foi negativa.
O acerto interessava vivamente a Garotinho. Candidato ao governo do Rio de Janeiro, ele queria agregar o PSB à sua caravana, franqueando o seu palanque estadual a Eduardo Campos. Não colou. O próprio Valdemar farejara os riscos do movimento.
O líder presidiário do PR encomendara a Garotinho que obtivesse do PSB a garantia de que, entregando o tempo de propaganda televisiva do partido a Campos, não seria atacado por Marina Silva. É algo tão esdrúxulo quando pedir a Neymar que faça gols contra a seleção brasileira na Copa.
Até outubro do ano passado, Eduardo Campos talvez não hesitasse em fechar com o PR de Valdemar. Já vinha negociando com o PTB de Roberto Jefferson e com o PDT de Carlos Lupi. O problema é que, ao oferecer parceria a Campos, Marina dissera que a Rede oferecia ao PSB a possibilidade de “fazer o seu realinhamento histórico.”
Ela resumira assim a novidade: “Ganhar para continuar refém da velha República, para governar tendo que distribuir pedaços do Estado, preso em uma lógica que não coloca em primeiro lugar os interesses estratégicos do país, então, não precisa ganhar. Isso já tem quem está fazendo.” Uma pessoa que diz coisas assim e depois se junta a Garotinhos e Valdemares não pode reclamar dos azares da vida.

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