DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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quarta-feira, 8 de junho de 2011

DEPUTADO HENRIQUE QUEIROZ


Deputado mais antigo na Casa de Joaquim Nabuco, Henrique Queiroz (PR) atribuiu musculatura, ontem, a uma justificativa que vinha sendo desidratada por colegas de plenário para a polêmica da reeleição da Mesa Diretora. O “x” da questão, segundo o republicano, é a possibilidade de o atual presidente da Casa, Guilherme Uchoa (PDT), comandar o Governo do Estado por nove meses, em 2014, levando em conta um futuro afastamento do governador Eduardo Campos (PSB) para disputar mandato nacional e a eventual ida do vice-governador João Lyra Neto (PDT) para o Tribunal de Contas do Estado (TCE). O presidente da Alepe é o segundo na linha sucessória.

“Quem for o presidente da Assembleia Legislativa será o governador de Pernambuco. Não tem ninguém aqui que tenha a força de Guilherme para uma eleição. A única coisa que pesa contra ele é o vácuo, no caso de abrirem espaço se a PEC (01/2011) não for aprovada”, destrinchou Henrique Queiroz, tornando público o rumor que corria nos bastidores do parlamento. Dando prosseguimento a esse raciocínio, Queiroz explicou que a preocupação no Legislativo, hoje, é tirar o foco de uma disputa interna na Alepe, o que poderia desarrumar o projeto futuro de Eduardo. “Porque se o governador não tiver uma pessoa de inteira confiança para substituí-lo, ele muda seus planos”, observou.

A política de Pernambuco já está traçada pelo gestor estadual para os pleitos 2012 e 2014, conforme Queiroz. Indagado sobre as considerações de seus colegas, feitas nos últimos dias, em sigilo, de que seria praticamente inviável Uchoa assumir o Governo, ele discordou: “Não é inviável e, com a vacância da cadeira do governador e do vice, ou é ele ou é”.

Até a semana passada, Henrique Queiroz tinha em aberto seu posicionamento no caso da PEC 01/2011, que visa restituir a reeleição dos membros da Mesa Diretora, prerrogativa extinta em 2007. Ontem, ele declarou-se favorável à emenda após algumas conversas com aliados que o convenceram.

Na leitura do parlamentar, há “exceções” e “critérios” que fazem valer o princípio da reeleição. Entre os critérios, ele defende que o voto deveria ser secreto e não nominal como prevê o regimento. “Sou favorável ao voto secreto, porque vem um veto do Governo e com o voto aberto você não tem como articular”, pontuou. No quesito exceção, ele citou o exemplo do governador que dispõe “de grande aceitação e termina por criar isso”.

E fez um paralelo com a situação de Uchoa. “Guilherme criou esse relacionamento com os deputados. Eu nunca vi ninguém se preocupar tanto com os que estão jogados, largados, aqueles que perderam a eleição, como ele que tem a sensibilidade de ajudar”, assinalou.

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