DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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segunda-feira, 2 de maio de 2011

É grave a crise no PT


A dúvida limita-se à verdadeira causa de o ex-presidente Lula, estando em Brasília na última sexta-feira, haver voltado repentinamente para São Paulo sem comparecer à reunião do Diretório Nacional do PT. Mandou-se por discordar da escolha de Rui Falcão para a presidência do partido ou por conta do reingresso em suas fileiras de Delúbio Soares, expulso anos atrás como um dos chefes do mensalão?

Tanto faz, porque o Lula e o PT encontram-se em rota de colisão. E o ex-presidente não está sozinho. Com ele encontra-se a sucessora, Dilma Rousseff, que também não compareceu à reunião dos companheiros e nem recebeu Rui Falcão no palácio do Planalto.

Não adianta tapar o sol com a peneira porque é grave a situação. A escolha do novo presidente do partido à revelia e até contra a decisão de Dilma e Lula reflete a insatisfação da maioria dos companheiros diante do governo. A presidente e o antecessor preferiam Humberto Costa para dirigir o PT, estavam comprometidos com ele e viram-se atropelados pela maioria do Diretório Nacional. Lula foi embora, Dilma trancou-se.

E agora? Agora, mesmo com panos quentes já mobilizados e por mobilizar, fica claro que a fonte secou para o PT. Estão suspensas as nomeações de mais companheiros para o segundo escalão do governo, ou, pelo menos, para os que lideraram a rebelião. (Carlos Chagas)

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