DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Chuvas voltam a castigar Zona da Mata do Estado Menos de um ano depois, região volta a sofrer com as fortes chuvas; Água Preta praticamente desaparece






Menos de um ano depois das enchentes na Mata Sul, a região volta a sofrer com as fortes chuvas. Os rios subiram de nível e alguns moradores começam a deixar as casas, à procura de um local seguro. Em alguns municípios, a água invadiu bairros inteiros. Em muitas cidades, o trabalho de reconstrução do que foi destruído no ano passado ainda nem terminou. E os moradores, agora, voltam a conviver com o pesadelo das águas. Em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata, o nível do Rio Tapacurá subiu e deixou moradores assustados. Quem mora nas áreas mais baixas da cidade retirou móveis e objetos de casa. Logo na entrada da cidade, dá para sentir a correnteza forte do rio Tapacurá na ponte. Os moradores da área ribeirinha ficaram a manhã desta terça-feira (3) toda atentos. Nos momentos de chuva, o rio parecia ainda mais ameaçador. Na chamada Ponte do Dique, muita gente também não tirava os olhos do rio. A dona de casa Djanira Coutinho Lopes não escondia a apreensão. "Essa água parece que está vindo de cima. Causa mais problema para o povo que mora aqui", diz. O nível do rio subiu rápido e, em pouco tempo, as áreas mais baixas da cidade ficaram inundadas. No bairro de Jardim Ipiranga, o rio tomou conta de várias ruas. As pessoas tentavam retirar o possível das casas. O morador Marcelo Pereira conseguiu tirar duas TVs e uma máquina de lavar. "Já alagou tudo. Não tem nem como tirar mais as coisas", lamenta. Quem tentou passar de moto, ficou no meio do caminho. Várias casas foram invadidas pelas águas na cidade. O prefeito de Vitória, Elias Lira, disse o que a Prefeitura está fazendo para enfrentar a situação. “Temos conhecimento que muitas áreas já foram invadidas e por isso reuni o secretariado, alugamos casa e estamos trabalho para tirar as pessoas atingidas. Vamos fazer tudo o que for necessário”, explicou. ÁGUA PRETA Em Água Preta, a água do Rio Una invadiu a pista da PE-96. No meio da tarde desta terça-feira (3), um trecho da rodovia ficou completamente intransitável, bloqueando o tráfego para quem tentava chegar até a BR-101 passando pelo município. Dezenas de casas construídas em áreas ribeirinhas ficaram embaixo d'água. O nível do Rio Una subiu mais de 1,8 metro. A força da correnteza obrigou muitos moradores a abandonarem as casas. (Confira a galeria de fotos) SOBREVOO O GloboCop fez um sobrevoo na Mata Sul, esta tarde, e encontrou muita destruição em outras três cidades. Em Barreiros, o Rio Una invadiu as casas das áreas ribeirinhas e, em muitos pontos da cidade, moradores ficaram ilhados. Em Palmares, as ruas do comércio ficaram alagadas e o acesso ao município está complicado. Em alguns pontos , a pista da BR-101 desapareceu. Transtorno também em Catende. A área onde fica a usina Catende ficou totalmente alagada. PONTE Em Xexéu, a cabeceira da ponte na BR-101 cedeu pela manhã. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o tráfego de veículos está interditado nos dois sentidos, na divisa com Alagoas. Uma equipe do Departamento de Infraestrutura e Transportes (Dnit), ainda vai avaliar os estragos. Para quem pretende seguir com destino a Alagoas, é preciso pegar a BR-232 e BR-104 ou PE-60. Em Gravatá, no Agreste, houve queda de barreira no quilômetro 70 da BR-232, comprometendo uma das faixas, na subida da Serra das Russas, no sentido capital/interior. PALMARES A água subiu durante todo o dia obrigando os moradores e comerciantes a deixar o centro da cidade. Quem se arriscou a trafegas a pé pelas ruas, teve que suportar a água acima do pescoço. Tinha também a forte correnteza da água que corria do rio para as partes mais baixas da cidade. De acordo com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil da Cidade, mais 6 mil pessoas estão desalojadas. Outras 1.3 mil pessoas foram levadas para abrigos públicos. Apesar disto, as autoridades locais afirmam que a situação está sobre controle e que poderia ser pior, caso o socorro às vítimas não tivesse chegado rápido. Em Barreiros, também na Mata Sul do Estado, o rio Una subiu cinco metros acima do nível normal. Centenas de famílias deixaram a região.

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