DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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terça-feira, 11 de março de 2014

DUDU VS DILMA. DEIXE O LULA ENTRAR EM CAMPO

“se tem muito mais paciência com o adversário de sempre do que com o traidor de ontem.”

EDUARDO RADICALIZA PARA TOMAR O LUGAR DE AÉCIO. VAI TOMAR UM “SOSSEGA” DO LULA. JÁ-JÁ…



Depois de amanhã, quando voltar da Itália, o ex-presidente Lula já tem um compromisso.

“Dar uns cascudos” em Eduardo Campos.

Lula, como se sabe, sempre trabalhou para que não se radicalizasse a relação entre o PT e o governador de Pernambuco.

Fazia a conta, obvia, de que na eventualidade de um segundo turno, Campos apoiaria Dilma – mesmo com a cara feia da Marina Silva para isso – e o Nordeste ficaria fechado para Aécio Neves, completamente.

Mas, a essa altura, até a quase infinita paciência de Lula já se encheu, com as evidências cada vez maiores de que que essa história de aliado-adversário entre Aécio e Eduardo é só uma historinha para a autoanistia que alguns do PSB-Rede se concedem por se passarem para a direita.

E percebe que o pernambucano vai procurar um discurso cada vez mais agressivo e radical para tentar assumir o papel do anti-Dilma ante os eleitores de Aécio.

Pois foi o que fez ele com as declarações de que “não dá mais para ter quatro anos da Dilma que o Brasil não aguenta”.

E isso o incomoda muito mais do que a simples troca de amabilidades entre os dois, que não alavanca nenhum deles.

Esse discurso, porém, cria uma espécie de torneio particular de desaforos em relação á Presidente a e a seu governo que antecipa o segundo turno e suas alianças.

E aí vamos ver começar a divisão de tarefas que era previsível e que foi consolidada na reunião da quarta-feira de cinzas: Dilma cuida das composições de governo e da pauta propositiva e deixa a polêmica por conta de Lula.

Ele vai começar de leve, mas o tranco será suficiente para Campos não achar que vai preservar boas relações com Lula ultrapassando algumas fronteiras com Dilma.

Isso, claro, se Dilma “segurar a onda” até quarta, coisa que não é possível afirmar com certeza que ocorrerá.

Porque se tem muito mais paciência com o adversário de sempre do que com o traidor de ontem.


Em tempo: Ainda no Tijolaço:

COMEÇOU A ELEIÇÃO. E SE ILUDE QUEM ACHAR QUE SERÁ FÁCIL.



É verdade que a oposição brasileira, mesmo com o monopólio de mídia de que dispõe, facilita as coisas, pela sua puerilidade.

Mas que ninguém subestime seu potencial nas eleições que se aproxima, apesar dos índices pífios que as pesquisas lhe atribuem.

Existe uma onda conservadora em alta em toda a América Latina e isso é facilmente observável em todos os processos político- eleitorais acontecidos de um ano para cá: Argentina, Equador, Venezuela…

O Chile de Michelle Bachelet é o ponto fora desta curva, mas lembremos que, no caso, havia o carisma de uma presidenta bem-sucedida e o desgaste de um governo conservador, o de Sebastián Piñera.

A questão política, portanto, transcende o desempenho pessoal dos governantes e até mesmo o nível de carga ideológica e de mobilização que estes possuam ao seu favor, embora, como estejamos vendo na Venezuela, isso conte muito nos momentos de confrontação.

Mas não é o que está no horizonte do Brasil, embora não se possa ainda assegurar que a direita – com a ajuda de uma subcultura pequeno burguesa que se crê de esquerda – não vá provocar confrontos.  Talvez só a Abin não acredite que se vá tentar. Não há sinais, porém, que o “gelo” que a classe média já deu a estas manifestações vá se reverter.

As candidaturas de oposição – ou estas “postas” ou algo que surja, vão crescer, e isso é inevitável.

Não é, portanto, o momento de desprezar alianças ou aliados que possam retirar base formal e tempo de televisão desta oposição.

Mas, ao contrário do que aconteceu em 2010, também não será possível legitimar estes aliados com a “anistia” do “está com Dilma”.

Isso é particularmente grave no Rio de Janeiro, onde Sérgio Cabral  amarga níveis de rejeição que beiram a repugnância. E onde Eduardo Paes avança velozmente pelo mesmo caminho, perdido como uma barata tonta.

Mas não é assim em São Paulo, onde se travará a batalha decisiva da eleição nacional.

É ali o centro da questão da aliança entre PT e PMDB e onde se jogarão as fichas da decisão peemedebista.

É ali que o PMDB vai pedir alto pela continuidade da aliança, e vai levar.

Alckmin assedia Paulo Skaf de todas as formas, mas o governador paulista já teve dias melhores. E talvez os tenha piores, com a falta d´água que começa esta semana em São Paulo e com a evolução do caso do “trensalão”

Já Sérgio Cabral pode chiar a vontade. Morreu.

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