Há um verbo que define a trajetória dos cinco brasileiros homenageados por ISTOÉ em 2011: lutar
Há um verbo que define a trajetória dos
cinco brasileiros homenageados por ISTOÉ em 2011: lutar. Cada qual com
sua habilidade particular empunha a bandeira da construção de um Brasil
melhor. Dilma Rousseff, a guerreira que enfrentou a ditadura em nome dos
valores democráticos, chega ao fim do primeiro ano de mandato à frente
da Presidência do Brasil reconhecida como uma das pessoas mais
influentes do mundo. Do lado de lá de nossas fronteiras, ela conduziu o
País a um patamar superior. Foi a primeira mulher a abrir uma
conferência da ONU, e, sob seu comando, o Brasil participa das reuniões
que decidem os destinos do planeta como o convidado que entra pisando o
tapete vermelho: tem o que dizer e é ouvido. Do lado de cá das
fronteiras, a presidenta impôs sua própria marca de governo,
intransigente na defesa dos recursos públicos e na busca de uma política
que assegure crescimento com distribuição de renda. Não é pouca coisa
para um governo que está apenas começando.
Entrando no último ano de sua gestão à frente da Prefeitura de São
Paulo, Gilberto Kassab protagonizou o grande fato político do ano.
Idealizou e articulou a criação do PSD, um partido que já nasce como a
terceira maior força na Câmara Federal e que será importante peça no
xadrez da sucessão municipal do ano que vem, quando será travada uma
nova batalha nas urnas. Batalha mais literal é a de José Mariano
Beltrame, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Com as
Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), ele combate o crime organizado e
leva a presença do Estado aos morros cariocas, devolvendo, assim, a
cidadania a milhares de famílias. Lutar também tem significado literal
para Anderson Silva, o garoto que precisou ser criado pelos tios em
Curitiba para driblar as carências da família. Cruzou os limites do
Paraná e praticando seu esporte com arte e precisão se tornou ídolo de
americanos e europeus. Invicto nos confrontos de vale-tudo desde 2006, é
o maior responsável pela popularização do UFC no Brasil.
E, para entender e explicar a luta de um país com diversidade cultural
tão marcante e ímpar como a representada pelos brasileiros acima
relacionados, nada como recorrer à sabedoria do professor Antonio
Candido, um dos mais respeitados intelectuais do Brasil, guerreiro da
boa literatura e cuja obra recentemente reeditada se faz cada vez mais
atual e indispensável para quem pretende conhecer esse país que se refaz
e se supera a cada ano.
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