DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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terça-feira, 19 de agosto de 2014

No JN, Dilma rebate críticas econômicas: 'Enfrentamos a crise sem demitir'


O Jornal Nacional, da TV Globo, deu continuidade, nesta segunda-feira 18, à série de entrevistas com os presidenciáveis. Desta vez, William Bonner e Patrícia Poeta sabatinaram a presidenta e candidata à reeleição, Dilma Rousseff. Os apresentadores abordaram os escândalos de corrupção no governo, os problemas na saúde e, principalmente, a estagnação da economia brasileira. Bonner questionou Dilma por “sempre” culpar a crise internacional e o pessimismo do mercado pelos altos índices de inflação e baixo crescimento econômico, mas a presidenta rebateu ao lembrar a ausência de desemprego e o aumento da renda durante seu governo.
“Nós enfrentamos a crise, pela primeira vez no Brasil, não desempregando, não arrochando salários, não aumentando tributos – pelo contrário, diminuimos, reduzimos e desoneramos a folha, reduzimos a incidência de tributos sobre a cesta básica. Nós enfrentamos a crise também sem demitir”, afirmou antes de dizer que as taxas de crescimento devem ser melhores no segundo semestre.
Diante da resposta, Bonner insistiu. O jornalista classificou a situação econômica do País como “muito ruim” e perguntou se a afirmação de Dilma não era apenas otimismo do governo. A presidenta retrucou ao argumentar que está se baseando nos “índices antecedentes”. "A quantidade de papelão que é comprada, a quantidade de energia que é consumida, a quantidade de carros que são vendidos, todos esses índices indicam uma recuperação no segundo semestre”, complementou.
Além disso, ela lembrou a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e defendeu que o Brasil tem que continuar sendo um país de classe média. “Criamos as condições para o país dar um salto colocando a educação no centro de tudo. E isso significa que nós queremos continuar a ser um país de classe média, cada vez maior a participação da classe média.”
Na primeira parte da entrevista, os apresentadores abordaram também os escândalos de corrupção que vieram à tona durante a gestão da petista. Depois de numerar os ministérios que já foram alvos de investigação, o apresentador do Jornal Nacional perguntou se o PT não descuida da questão ética.
Em resposta, a candidata lembrou os “mecanismos de combate à corrupção” lançados nos últimos 12 anos, como a criação da Controladoria Geral da União (CGU) e a aprovação da Lei de Acesso à Informação. A explicação fez Bonner mencionar o “mensalão”. Segundo ele, o partido da presidenta tratou os condenados no escândalo como “guerreiros”. Após citar o caso, o apresentador questionou qual era a posição de Dilma sobre o assunto. A presidenta, no entanto, disse que enquanto estiver no cargo não vai comentar o julgamento no Supremo Tribunal Federal.
“Eu sou presidente . Eu não faço nenhuma observação sobre julgamentos realizados pelo Supremo Tribunal. A Constituição exige do presidente da República que nós respeitemos e consideremos a autonomia dos outros órgãos. Eu não julgo as ações do  Supremo. Eu tenho opiniões pessoais. Durante o processo inteiro não manifestei nenhuma opinião. Não vou tomar nenhuma posição que me coloque em confronto, em conflito”, disse.
O outro assunto levantado pelos âncoras da TV Globo foi a insatisfação dos brasileiros com o sistema de saúde no País. Patrícia perguntou como a candidata do PT classificava a situação da saúde no Brasil. Dilma evitou definir o problema em uma palavra, mas se defendeu ao falar que o governo foi corajoso ao trazer médicos de outros países para suprir a ausência de profissionais no setor de atenção básica.
“O Brasil precisa de uma reforma federativa. Há responsabilidades municipais, estaduais e federais. Nós assumimos [a falta de médicos] como [uma responsabilidade] federal porque temos mais recursos”, afirmou.
Opinião:
Em minha opinião, não houve o "aperto" de que tanto se falou. O que houve foram perguntas longas e com pouca tolerância para as respostas. As perguntas eram também estabelecendo parâmetros questionáveis como se fossem verdades, como a que se referiu à saúde. Além disso, a presidente foi interrompida em todas as respostas.

Por outro lado, nesse tipo de programa é preciso responder de forma rápida e objetiva. Afinal todos os candidatos tiveram o mesmo tempo. E Dilma, apesar de preparada, calma e segura, talvez imaginasse ter mais tempo para suas respostas.

Bons recados de seu discurso foram dados, como a do engavetador e o fato de não combater a crise internacional com desemprego ou arrocho de salários. Mas Dilma teria que estar pronta a responder de bate pronto. Aquilo não era um programa livre com tempo para grandes exposições.

Mas esta é apenas a nossa opinião. Qual é a sua?

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