DIÁRIO POLÍTICO DE FEIRA NOVA

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sábado, 23 de outubro de 2010

Hospitais estão preparados para lidar com a superbactéria, diz Apevisa

Segundo Jaime Brito, gerente da Agência Estadual de Vigilância Sanitária, os hospitais pernambucanos lidam com superbactérias há algum tempo e nunca foram registrados óbitos

O gerente da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Apevisa), Jaime Brito , disse neste sábado (23) que a população deve ficar tranquila, pois os hospitais pernambucanos estão preparados para lidar com a superbactéria KPC.

“Os hospitais estão bem preparados para lidar com a situação. Não temos nenhum caso de óbito desde 2007 e já tivemos que lidar outras vezes com bactérias super resistentes. Os hospitais estão muito bem preparados, não deve haver pânico. A chave da contenção da bactéria é adotar algumas medidas, tanto a equipe médica, como os familiares. O paciente precisa ser isolado. Há equipes e equipamentos exclusivos para isso. Na hora das visitas, as pessoas devem evitar tocar no paciente, nos equipamentos”, disse.

Em Pernambuco, há quatro casos confirmados de pacientes com a bactéria. Todos são homens e sofreram acidente vascular cerebral e estavam internados na unidade de terapia intensiva há um mês pelo menos. As idades variam de 46 a 80 anos. Um deles se encontra em estado grave, mas, de acordo com a Secretaria de Saúde, não por causa da bactéria, mas por causa do AVC. Os outros estão estáveis.

Jaime Brito informou que dois dos pacientes estão colonizados, ou seja: exames identificaram que têm a KPC mas não sofrem com nenhuma infecção. Quanto aos outros dois, um apresenta infecção urinária e o outro na ferida aberta por uma cirurgia. Os nomes dos dois hospitais onde estão internados - um público e um privado - não foram divulgados, segundo ele, para não provocar pânico nos outros pacientes.

A KPC é resultado da mutação genética de uma bactéria inofensiva que existe no corpo humano, mas com o uso excessivo de antibióticos, ela se torna super resistente aos remédios que deveriam combatê-la. os remédios destroem as bactérias normais, mas as mutantes sobrevivem, se reproduzem e atacam pacientes com estado de saúde muito debilitado, internados em unidades de terapia intensiva. a KPC pode provocar infecção generalizada, atingindo múltiplos órgãos ao mesmo tempo.

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